quinta-feira, 28 de junho de 2012

Filmes, livros e vídeos


Avaliação é do historiador Shozo Motoyama, da USP, em livro sobre a primeira fase da imigração japonesa no Brasil em que aborda o processo de integração cultural (imigracaojaponesa.com.br)
Especiais

Envio de japoneses para o Brasil fez parte de política expansionista pacífica

28/06/2012
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – A imigração de japoneses para o Brasil a partir de 1908 representou uma saída pacífica para o Japão continuar a se desenvolver por outra via que não a militarista, pela qual se tornou na época uma potência mundial.
Por outro lado, a vinda dos japoneses para o Brasil sob os auspícios dos barões do café, para trabalhar em cafezais durante a República Velha (1889-1930), dividiu opiniões e despertou um intenso debate entre grupos favoráveis e outros contrários a essa imigração na sociedade brasileira.
A integração não tão cordial entre as duas culturas, por meio da imigração, é contada no livro Sob o signo do sol levante: Uma história da imigração japonesa no Brasil – volume I (1908-1941), de autoria do historiador Shozo Motoyama, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e presidente do Centro de Estudos Nipo-Brasileiros.
Lançado no final de abril, o livro descreve como a primeira fase da imigração para o Brasil – iniciada em 1908 e encerrada em 1941, quando o Japão ingressa na 2ª Guerra Mundial – fez parte de uma política expansionista pacifista orquestrada pelo governo japonês.
Uma das maiores potências mundiais na época – com grandes conglomerados empresariais como Mitsubishi, Mitsui e Sumitomo –, o Japão vivia ao mesmo tempo graves problemas econômicos, com desemprego elevado e condições de pobreza no campo.
Em função disso, o país enfrentava críticas de segmentos da sociedade que não concordavam com a forma com que vinha se desenvolvendo, conquistando países à força, como fez no período conhecido como imperialista, em que invadiu a Coreia, a Manchúria e parte da China.
Uma das alternativas identificadas para continuar a crescer pacificamente era por meio da imigração, vista como uma forma em que ambos os lados ganhavam – tanto o país que enviava como o que recebia os imigrantes – e diferente da conquista militar, em que só o país invasor se beneficia.
Por essas e outras razões, o governo japonês decidiu encampar políticas de imigração de seus cidadãos para países como o Brasil – que precisava de mão de obra para as lavouras de café em São Paulo –, dando o apoio necessário para que se estabelecessem no exterior.
“Houve no Japão uma política bastante coerente e de consenso de dar guarida para os imigrantes que vinham para o Brasil. E, em grande parte, o sucesso dos imigrantes japoneses no Brasil dependeu da ajuda dada pelo governo japonês por meio de consulados e de outras representações políticas e diplomáticas no país”, disse Motoyama à Agência FAPESP.
De acordo com o pesquisador, se por um lado a ida de imigrantes atendia aos interesses do governo japonês e dos barões do café do Brasil, por outro lado o processo de integração dos japoneses na sociedade brasileira não foi tão natural como tende a fazer crer a historiografia escrita e publicada sobre o tema.
Os documentos a que Motoyama teve acesso do Congresso Nacional referentes a 1934, por exemplo, quando estava sendo elaborada a terceira Constituição Brasileira, revelam que houve um intenso debate entre um bloco de congressistas favoráveis e outros contrários à imigração japonesa, em função da ascensão social que os japoneses estavam obtendo no país.
“Até o fim da década de 1920, o grupo mais favorável aos imigrantes japoneses era maioria no Brasil. Mas na década seguinte isso mudou, principalmente devido à Constituição de 1934, que colocou uma série de leis restritivas em relação à vinda de imigrantes japoneses”, disse Motoyama.
“Já durante o Estado Novo (1937-1945), Getúlio Vargas (1882-1954) agiu de maneira dúbia: de um lado estimulou as restrições à imigração japonesa e, de outro, tomou medidas para trazer os japoneses para o Brasil”, disse.
Para defender suas posições, os grupos contrários à imigração japonesa se apoiavam em teorias raciais vigentes na época, como a do “darwinismo social”.
Compactuada por alguns representantes da elite brasileira na época, a teoria, que ficou conhecida como a do “branqueamento”, preceituava que o subdesenvolvimento do Brasil se devia ao fato de o país ter sido povoado por "raças inferiores" (negros e índios), e que o país só iria se desenvolver à medida que sua população se tornasse "mais branca".
Como o ciclo de imigração dos negros para o Brasil já havia se encerrado, o alvo passou a ser os amarelos, representados agora pelos japoneses, que começavam a chegar ao país.
Em defesa dos japoneses, os fazendeiros paulistas aceitam uma tese absurda alardeada por um fazendeiro congressista brasileiro, de que eles eram mais brancos, por exemplo, do que os portugueses, que já haviam passado por um intenso processo de miscigenação no país.
“Os fazendeiros paulistas eram bastante pragmáticos. Como precisavam de trabalhadores, eles não queriam saber de que raça eram, contanto que fossem bons trabalhadores”, disse Motoyama.
Segunda fase da imigração
Motoyama planeja publicar no início de 2013 um novo volume do livro, que abordará a segunda fase da imigração japonesa no Brasil, de 1941 a 2008.
Diferentemente da primeira fase da imigração, de 1908 a 1941, em que os japoneses puderam contar com ajuda do próprio governo para se estabelecer no Brasil, na nova etapa eles não puderam recorrer aos seus compatriotas devido ao país asiático ter sido arrasado pela Segunda Guerra Mundial.
Além disso, se antes os japoneses e os imigrantes em geral desfrutavam da boa acolhida e de uma certa simpatia na sociedade brasileira, com o início da guerra eles passam a ser vistos como inimigos.
“A guerra aflorou uma série de questões, não só de preconceito, e os japoneses passaram a ser tratados como inimigo, o que, de certa forma, é natural. Nos Estados Unidos, o preconceito contra os japoneses na época foi muito pior”, disse Motoyama.
Segundo o pesquisador, a elaboração do livro sobre esta segunda fase da imigração japonesa deverá ser muito mais complexa. Isso porque há uma série de registros sistematizados sobre a primeira fase da imigração japonesa.
Já na segunda fase, como os imigrantes foram perdendo proeminência, começam a surgir mais estudos sobre seus descendentes – mais propriamente sobre os nisseis (a primeira geração de filhos de japoneses nascida em outro país) – e a historiografia do período tem muitas lacunas.
Na segunda fase da imigração japonesa para o Brasil, pós Segunda Guerra, chegam cerca de 50 mil pessoas, com cultura completamente diferente da que havia no país oriental antes da Guerra. Em função disso, há um choque cultural entre os velhos imigrantes com os recém-chegados e com os nisseis.
“Esses acontecimentos não estão bem retratados e acho que nem estão escritos direito. Teremos que entrevistar pessoas e procurar esclarecer uma série de fenômenos que só ocorreram nesta segunda fase da imigração”, disse Motoyama.
No segundo volume do livro, o pesquisador também pretende abordar a contribuição dos imigrantes japoneses, principalmente os de seus descendentes, os nikkeis, na ciência, tecnologia e educação brasileiras.
  • Sob o signo do sol levante: Uma história da imigração japonesa no Brasil – Volume I (1098-1941)
    Autor: Shozo Motoyama
    Páginas: 390
    Lançamento: 2012
    Mais informações: secretaria@institutobrasiljapao.org.br ou (11) 3209-3875.
     

terça-feira, 26 de junho de 2012

Eventos e Exposições


Experimentação
no Cinema Árabe
de 1960 até
os Dias Atuais




A década de 60 foi marcada por muitos desafios e releituras que galvanizaram um amplo movimento de vanguarda da experimentação contracultural tanto na poesia, como na literatura e no teatro. Paralelamente, cineastas iniciaram também uma movimentação cultural que quebrava as formulações convencionais e os apelos puramente comerciais. Este movimento foi importante para pavimentar a inventividade, a ousadia e a estimulante maneira de filmar do cinema árabe contemporâneo.
O projeto Mapeando a Subjetividade, visa apresentar um mapa dessa enorme herança pessoal, artística e experimental do cinema árabe. Apresenta diversas obras, não de maneira cronológica ou geográfica, mas com uma conexão e um diálogo entre os trabalhos. Reune obras-primas e descobertas recentes. Contém também um forte conteúdo histórico, mostrado a partir de narrativas pessoais que muitas vezes foram proibidas. Alguns filmes contam a história da liberação frente ao colonialismo ao qual foram submetidos os países árabes até a década de 50 e 60, formando uma espécie de arquivo histórico, com o ponto de vista do colonizado e não do colonizador. As produções incluem filmes da Argélia, Egito, Líbano, Marrocos, Palestina, Siria, Tunisia, Qatar e Emirados Árabes Unidos.
Uma seleção especial desses fimes foi escolhida para a ser exibida na 7a Mostra Mundo Árabe de Cinema, sendo o Brazil o primeiro país na America Latina a receber a itinerância. O programa original, organizado pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) e ArteEast, contou com o apoio do Festival de Cinema de Abu Dhabi.
Esperamos que o público brasileiro aprecie esta seleção e que conheça um pouco mais do cinema e da arte do mundo árabe, com a riqueza de suas histórias, a inventividade narrativa e os desafios atuais.

A Curadoria

Curadoria - Rasha Salti


Rasha Salti Curadora independente de filmes e artes visuais e escritora libanesa. Entre 2004 e 2010, foi programadora e diretora sênior do ArteEast de Nova York (www.arteeast.org). Dirigiu duas edições da bienal de cinema East Film Festival (2005 e 2007). Foi cocuradora das mostras The Road to Damascus, com Richard Peña (2006) e Mapping Subjectivity: Experimentation in Arab Cinema from the 1960s until Now, com Jytte Jensen (2010-2012), exibida primeiramente no MoMA, em Nova York. Colabora com diversas organizações e festivais, incluindo o Musée Jeu de Paume, em Paris; Santiago Festival Internacional de Cine (Sanfic), em Santiago do Chile; e The Tate Modern, em Londres. Em 2009 e 2010, trabalhou na programação do Festival de Cinema de Abu Dhabi (www.adff.ae) e atua como programadora da parte internacional do Festival de Toronto.


As duas edições da mostra original Mapeando a subjetividade: cinema experimental árabe dos anos 60 até os dias atuais (Mapping Subjectivity: Experimentation in Arab Cinema, 1960-Now), partes I e II, ocorreram no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), em novembro de 2010 e outubro de 2011. Ambas foram co-organizadas pelo Museu de Arte Moderna e ArteEast, e a curadoria foi feita por Jytte Jensen, curadora do MoMA, e Rasha Salti, que foi diretora sênior da ArteEast e programadora internacional do Festival de Toronto.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Eventos e Exposições


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  Instituto Cervantes Sao Paulo Instituto Cervantes  
 
 
 
DIA E 2012

La Fiesta Internacional del Español
 

Estimados Amigos:

Como ya sabéis todos los años celebramos el Día del Español.

El Día E es la fiesta de todos los que amamos la lengua española. Es un encuentro para hablantes, aprendices, profesores y admiradores de la lengua de Cervantes.

Este año será el sábado 23 de junio, de 10:00 a 21:00 en el Instituto Cervantes de São Paulo. 

Tendremos música, danza, cuentacuentos, presentaciones turísticas, clases de lengua y cultura, comidas típicas, venta de libros, teatro, circo, sorteos de becas y mucho más. 

Para acceder a la programación completa y actualizada pinche AQUI 

Un cordial saludo


 
  Atendimento da secretaria: 
de segunda a sexta das 07:00 às 21:00 e sábado das 08:30 as 16:30
 
 
Instituto Cervantes Sao Paulo
Av. Paulista, 2439 - 1.º andar
01311-300 Bela Vista - Sâo Paulo
Brasil
Tel.: 55 (11) 3897 96 00
Fax: 55 (11) 3064 22 03
informasao@cervantes.es / censao@cervantes.es/ recepcao@cervantes-brasil.com.br 




 


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Filmes, livros e vídeos

Morte de angolana reacende polêmica sobre o racismo no Brasil
Adicionado em 14/06/2012
Morte de angolana reacende polêmica sobre o racismo no Brasil
Imigrantes africanos denunciam ter sofrido racismo e querem mais empenho da polícia na apuração do assassinato da estudante Zulmira Cardoso
 

Notícias


Protestos contra racismo e xenofobia

Imigrantes denunciam assassinatos e agressões em protestos contra racismo e xenofobia em SP.
Só em 2012 houve 10 casos de racismo contra africanos no Brasil.
A agência Brasil informou que manifestantes, em sua maioria imigrantes africanos no Brasil, realizaram um protesto contra o racismo e a xenofobia hoje no dia 21, em frente à Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.
Os manifestantes denunciaram os vários casos de assassinatos e agressões de imigrantes africanos e latinos no Brasil.
Entre as exigências das entidades que participaram do protesto, o grupo requer um pedido imediato de desculpas da presidenta Dilma Rousseff ao povo africano em razão do assassinato da estudante angolana Zulmira de Souza Borges Cardoso, morta há um mês no bairro do Brás, em São Paulo. Eles pedem também o acompanhamento do caso pelo Ministério da Justiça e pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
“Queremos justiça pela Zumira. Queremos justiça pela comunidade negra africana. Só em 2012 tivemos dez casos de racismo contra africanos em geral no Brasil”, disse Marcel Sebastião de Carvalho, representante a União dos Estudantes Angolanos em São Paulo.
De acordo com os manifestantes, Zulmira estava com amigos no Brás, bairro paulistano muito frequentado por imigrantes africanos. O agressor teria chamado os angolanos de “macacos”, entre outras ofensas racistas. Cerca de 20 minutos depois o homem voltou armado e disparou contra o grupo, ferindo três angolanos e matando Zulmira. A polícia ainda investiga o caso.

Eventos e Exposições

O Islã e as sociedades muçulmanas vêm despertando crescente interesse nos últimos anos, e os pesquisadores têm procurado produzir estudos a respeito desse tema em espaços especializados como a BibliASPA, a Biblioteca e Cento de Pesquisa América do Sul-Países Árabes.
A Associação Brasileira de Antropologa(ABA), a Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes (BibliASPA) e os grupos de pesquisa Temáticas, narrativas e representações árabes, africanas, asiáticas e sul-americanas e de comunidades diaspóricas e GRACIAS - Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes convidam para o debate:
“Islã : identidades e subjetividades”
Profa. Dra. Maria Cardeira da Silva, Profa. Dra. Angeles Ramirez, Profa. Dra. Francirosy Campos Barbosa Ferreira, Prof. Dr. Paulo Daniel Farah
Abertura:
Prof.Dr. Paulo Daniel Farah (BibliASPA e USP)
Prof.Dra. Francirosy Campos Barbosa Ferreira (USP)
(coordenadores)
Os árabes nas nações e nas academias: mútuas colonizaçõesMaria Cardeira da Silva (UNL)
Se é verdade que as academias participaram frequentemente da colonização dos contextos árabes e muçulmanos, estes sempre desafiaram as academias pelas complexidades analíticas e políticas a que sujeitaram suas teorizações. O que pretendo aqui fazer é rastrear a história mais recente dessa interação específica, integrando-a num quadro comparativo com outros quadros de produção acadêmica,focalizando-me particularmente nas questões de gênero e tomando como base a minha própria experiência de investigação ao longo das duas últimas décadas nalguns desses contextos, particularmente Marrocos e Mauritânia.
Antropología en y de los contextosárabes y musulmanes
Angeles Ramirez (Universidade de Madrid)
La investigación hecha desde las cienciassociales en España sobre las áreas arabo-musulmanas el mundo es deudora de dos procesos relacionados: la experiencia colonial de España como potencia enel norte de África y el lugar de España como objeto de estudio y no como sujeto de estudio, sobre todo desde el punto de vista deldesarrollo de laantropología. Mi trayectoria de investigación se inserta en esta complejarelación, que se proyectaen dos objetos de estudio: laconstrucción teórica dela inmigraciónmarroquíenEspaña y elnacimiento de una comunidadmusulmana, por un lado, y enlarelaciónfeminismo-islamismo como partes de laconstrucción de género enestascomunidades.
Pesquisadores de Islã no Brasil - interfaces
Francirosy Campos Barbosa Ferreira (USP)
O crescimento das pesquisas em comunidades islâmicas no Brasil foi bastante significativo na última década em comparação com a década anterior, hoje podemos dizer que as pesquisas vão a um crescimento vertiginoso. Cabe refletir sobre este fenômeno a partir de alguns dados coletados por meio da pesquisa com pesquisadoras de islã, pesquisa esta transformada em site e que pode ser consultado porque tem interesse na temática. É possível destacar que no Brasil os efeitos dos atentados de 11 de Setembro nos EUA podem ser um dos indícios para este crescimento, assim como, de forma menor, mas não menos importante, os efeitos da telenovela O Clone. Cabe perguntar: as múltiplas pesquisas sobre o tema dão conta de que universo? Um dos recortes possíveis a se fazer é o próprio grupo formado há um ano o GRACIAS (Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes), que apresenta interesses diversos neste campo religioso.

Bibliaspa – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes na construção do conhecimento
Paulo Daniel Farah (USP)
O estabelecimento de relações políticas, culturais e econômicas consistentes e duradouras entre os países da América do Sul e os países árabes e/ou muçulmanos pressupõe a construção de conhecimento mútuo das sociedades envolvidas. Os estereótipos culturais e as representações politicamente motivadas só podem ter seu efeito negativo contrabalançado pela produção constante de saberes acadêmicos, embasados em pesquisa empíricas de qualidade, bem como pela disponibilidade de textos representativos da produção cultural árabe e sul-americana. A experiência da BibliASPA na implementação de cursos, programa de língua e cultura árabe, publicação de livros sobre temas islâmicos e árabes, mostras de cinema, grupos de pesquisa e exposições revela um crescente interesse e uma via bem-sucedida no desenvolvimento de estudos que contam com reconhecimento nacional e internacional.
SERVIÇO
O que: Debate Islã : identidades e subjetividades
Quando: 30/junho/2012 às 14h
Local: Espaço BibliASPA – Rua Baronesa de Itu, 639 – Sta. Cecília SP
Informações: (11) 3661 0904
Inscrições GRATUITAScomunicacaobibliaspa@gmail.com






--
Atenciosamente,
Maria Nilda
(11) 3661 0904 - 9251 9895
Rua Baronesa de Itu, 639 - Santa Cecília
CEP 01231-001 - São Paulo - SP

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Filmes, livros e vídeos

Expulsão de estrangeiros
Do USP Online
A Editora Humanitas, ligada à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, lançou o livro Venha o Decreto de Expulsão, de Mariana Cardoso Ribeiro.
A obra é dedicada ao estudo das expulsões de estrangeiros durante o governo de Getúlio Vargas (1930-1945). A partir da análise de processos e prontuários policiais, de 1933 a 1939, a autora revela que esta medida foi amplamente utilizada contra os estrangeiros identificados com as ideias de esquerda, especialmente anarquistas, comunistas e antifascistas, que foram considerados como “indesejáveis”. Demonstra, também, de que forma o Direito esteve a serviço do Estado autoritário nos anos 30. A saída compulsória do país estava amparada pela legislação brasileira. Por meio das leis de expulsão, o governo Vargas procurava legitimar seu projeto nacionalista e xenófobo.
A obra encontra-se à venda no site da Humanitas, na Livraria Humanitas-Discurso e também pode ser adquirida em todas as distribuidoras parceiras da editora, listadas em sua página oficial.

Mais informações: (11) 3091-3728; email editorahumanitas@usp.br

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Filmes, livros e vídeos




Orquestra de Kinshasa



Como comunicar-nos para fazer-nos entender? 

A língua estabelece uma série de códigos que permitem a comunicação humana, mas dentre as diferentes culturas os seres humanos tentam traçar caminhos de encontro e troca fraterna. Vemos neste exemplo um intercâmbio humano através do qual as pessoas conseguem estabelecer um código comum que atravessa a língua e permite uma correspondência emocionante e genuína. Nesta situação no Congo eles acharam na música a moeda de troca entre pessoas que tem a intenção de ir além da pobreza e as condições de vida que lhes tocam, e estabelecer um nexo comum para assim poder tecer redes de intercâmbio através da música.



 
Comentário realizado por Lisette Weissmann
Psicanalista do Projeto Ponte

domingo, 17 de junho de 2012

Eventos e Exposições



Artista Plástica Argentina Leila Monsegur
A exposição Faces da Lua, nos apresenta as diferentes formas que moldam o feminino,  partindo dos múltiplos valores simbólicos que os arquétipos encobrem/descobrem, enfrentando a beleza, as vezes calma, as vezes agressivamente,  numa celebração dionisíaca, sempre a beira do abismo de cores, sempre onírica.
“A possibilidade de leituras do trabalho de Leila Monsegur se sustenta em dois pilares. Por um lado, estão os   procedimentos técnicos. Por outro, as leituras simbólicas pela riqueza de elementos arquetípicos que se somam nas  imagens que oferece a cada um que se dispõe a observar seu quadro”

Oscar D’Ambrosio
Associação Internacional de Críticos de Arte – Aica – Seção Brasil
Eventos e Exposições

Dia Mundial do Refugiado


Eventos e Exposições





Programação: Dia Mundial do Refugiado

Agenda

18 de junho (segunda-feira)
Manaus
“Culinária Solidária”. Refugiadas colombianas preparam pratos
típicos para imigrantes haitianas.
Local: Casa de Passagem São Francisco de Assis, às 18h.

São Paulo
Exposição “Um pouco de Haiti, aqui”
Local: SESC Carmo. De18/6 a 29/6, seg a sex, 9h às 20h.Grátis.

20 de junho (quarta-feira)
Manaus
Seminário em comemoração ao Dia Mundial do Refugiado.
Local: Auditório da Escola Superior de Ciências Sociais da Universidade
Estadual do Amazonas – ESO/UEA, às 19h.

Curitiba
Evento do Comitê Estadual para os Refugiados e Migrantes do Estado do
Paraná (CERM). Local: Faculdade de Direito da Universidade Federal do
Paraná (UFPR), às 19h.

Porto Alegre
Reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Sul.
Local: Plenarinho da Assembleia Legislativa, às 10h.

São Paulo
Reunião do Comitê Estadual para Refugiados e apresentação dos números
do refúgio no Estado.
Local: Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania (horário a ser
confirmado).

Evento da Comissão do Direito dos Refugiados, Asilados e da Proteção
Internacional da OAB/SP
Local: Plenário dos Conselheiros da OAB-SP, às 19h.

30 de junho (sábado)
São Paulo
Apresentação da banda Nkanda Wambote Wampa no 2º Seminário Arquidiocesano da Caridade, Justiça e Paz. Palestra de Pe. Marcelo Monge (diretor da Cáritas São Paulo) sobre refúgio, integração em São Paulo e o trabalho do Centro de Acolhida para Refugiados.
Local: Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM). (horário a ser confirmado)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Filmes, livros e vídeos


SUGESTÃO DE LEITURA: "A CHEGADA"

UMA EXPERIENCIA SEM PALAVRAS

 







“A Chegada”, nova obra do autor Australiano de origem chinesa, Shaun Tan, retrata com delicadeza e profundidade a questão da imigração através de uma sequencia visual sem palavras. Mestre da narrativa por imagens, o autor nos captura e conduz para um mundo que oscila entre o real e o onírico, entre a solidão e a solidariedade, entre o estranho e o familiar.

Baseado em casos reais narrados por imigrantes de diferentes países, Tan representa graficamente a vivência daqueles que um dia tiveram que se despedir da sua terra de origem rumo ao desconhecido, experiência que muitas vezes pode se tornar angustiante em função da ruptura dos referenciais afetivos e culturais.

Para quem vive ou já viveu tal situação não há como não se reconhecer no olhar perdido e amedrontado do personagem principal em suas tentativas de se fazer entender sem conseguir falar.

A cidade habitada por seres fantásticos e paisagens que remetem a um mundo arcaico revelam a riqueza e ao mesmo tempo a tensão interna do personagem. A mudez provocada pela incompreensão dos novos códigos culturais mostra a fragilidade do sentimento de si e de pertencimento ao mundo.

Mas a passagem do tempo e o enfrentamento do desconhecido dentro e  fora de nós, torna o estranho um pouco mais familiar, possibilitando alguns encontros e a construção de novos laços. Nessa passagem me parece fundamental o resgate da história de cada um, da memória daquilo que deixamos, daquilo que fomos e do que ainda somos.

Uma pequena mala é tudo o que o personagem carrega em sua jornada, mas cada objeto, cada foto cumpre um papel importante ao relembrá-lo sua origem. É preciso construir a ponte entre o que ficou e o que agora se apresenta, habitar novamente a si mesmo para então se sentir pertencente ao novo lar. Seres em constante movimento, somos todos imigrantes dentro de nós mesmos. 

Comentado por Daniela Galvão
Psicanalista do Projeto Ponte


 Filmes, livros e vídeos

Vídeo:

Uma história que vale a pena ouvir.


http://www.ted.com/talks/lang/pt/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html?source=email#.T9ilICnq1K8.email

domingo, 10 de junho de 2012

Filmes, Livros e Vídeos





(1h 57min) 
Dirigido  por Carlos Saura  
Gênero Drama
Nacionalidade Argentina, Espanha

Sinopse e detalhes

Mario Suarez (Miguel Ángel Sola), autor e diretor teatral, apesar da fama está em crise. Abandonado pela mulher, refugia-se nos ensaios de um espetáculo que prepara, sobre o tango. Angelo Larroca (Juan Luis Galiardo), o mafioso produtor e também bailarino frustrado, sugere a Mario que dê o papel principal sua protegida (Mía Maestro). Impressionado com o real talento e beleza da jovem, ele se torna seu amante.


Comentário

TANGO é uma produção belíssima do diretor espanhol Carlos Saura. Tocante pela expressão da dança e da música que colocam em movimento um representante da cultura argentina, principalmente marca e revela um momento histórico da terrível Dita-dura militar que avassalou o país. O extermínio daqueles que deram voz ao movimento de se contrapor é encenado nos corpos que se deslizam e se atacam.
Conta também a história do Tango, que diferentemente do que muitos pensam, o tango expressava-se inicialmente na periferia da Argentina, na região portuária, e de prostituição. Uma dança que se iniciou entre homens, impedidos de se olhar, contudo sem perder sua sensualidade, a entrega, encenava esse confronto com o ritmo e cadência migrados da batida dos tambores africanos.
São os franceses que se encantam ao mirar o Tango, migram com ele para os Cafés Franceses, e ao cruzar as fronteiras essa arte do corpo ganha expressão na burguesia francesa. A dança originalmente de homens, marcada pela cultura negra, contagia e capta o imaginário de homens e mulheres francesas, este passo encontra um lugar para o casal, inscreve-se na diferença. Num movimento pendular entre o feminino e o masculino, entre sexualidade e morte. Embalados por uma sonoridade intensa.
Ao cruzar as fronteiras, o Tango retorna a sua origem, marcado como não poderia deixar de ser. Cruza também as fronteiras dos portos, da sexualidade velada, marginal das prostitutas, do confronto possível apenas entre homens. Inscrevendo-se e sendo compartilhado por homens e mulheres de toda sociedade argentina. E como atributo fálico porta o simbólico dessa cultura, deslizando-se por entre passos e metaforizando-se nos gestos.
Saura, retrata ainda a chegada dos imigrantes italianos a Argentina, que rapidamente descansam suas bagagens e seus corpos entregando-se à dança, e com ela trazem também suas marcas... na linguagem, nas vestes, nos nomes. A fotografia italiana colore e embriaga nossos olhos.
Este filme reúne poesia, movimento e discurso. E toda a passionalidade que envolve um triângulo amoroso. Mas principalmente toca as fronteiras existentes em todos nós, de dentro e de fora, do estranho e do familiar, da política, da cartografia, do tempo, da origem, do deslocamento e de toda a intolerância que provoca o diferente.

Comentário escrito por 
  Cláudia Sagula, Psicanalista do Projeto Ponte